A internet de fato está assumindo a liderança entre os meios de comunicação. De acordo com um estudo feito pela TNS Digital Life, entre as pessoas que têm acesso à internet, 61% acessam a rede diariamente. A televisão vem em segundo lugar com um uso diário que chega a 54%, contra 36% do rádio e 32% dos jornais impressos.
Foram entrevistadas 50 mil pessoas em 46 países, numa apuração que a própria TNS classifica como a maior pesquisa global feita sobre atividades e comportamento online da população.
A divulgação dos resultados foi feita ontem, em Londres. O projeto é intitulado Global Digital Life Research, e aponta vários outros dados além dos que citei acima. Vale a pena conferir.
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Fez sucesso sai no Youtube! (caso Tiririca)
Em época de eleição, faço aqui um registro de um vídeo que está bombando no Youtube, com quase 5 milhões de acessos. É o vídeo da campanha do Tiririca - o deputado federal mais votado do Brasil nas eleições de ontem. Ele usou o seu carisma de palhaço para convencer o eleitorado brasileiro e obteve 1.353.820 de votos concorrendo pelo estado de São Paulo (votos esses coletados em apenas um estado mas que o colocariam em 4º lugar na disputa à Presidência da República).
O vídeo é engraçado!
VOTE NO TIRIRICA, PIOR DO QUE TÁ NÃO FICA!
O vídeo é engraçado!
VOTE NO TIRIRICA, PIOR DO QUE TÁ NÃO FICA!
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Vulnerabilidade da web
A web ainda é um meio de comunicação que desperta desconfiança dos usuários com relação à segurança. Em minha monografia de graduação eu já citei que o fato de ter que declarar dados pessoais online poderia ser um motivo de inibição para a participação dos webleitores com comentários.
Agora, nesse sábado, ocorreu um fato que acentuou um pouco dessa desconfiança: 180 mil usuários do orkut foram atacados por um vírus que dava uma "pirada" nos seus perfis. Eu fui um desses usuários afetados. Vi meu perfil ficar doido e começar a agir por conta própria adicionando várias comunidades. Fiquei com raiva e cancelei o meu perfil. A Google declarou ter resolvido o problema, mas para mim foi tarde, pois a falta de confiança me fez sair da rede. Talvez um dia eu volte ao orkut, mas confiança quando se quebra é igual a cristal, nunca mais será a mesma.
Agora, nesse sábado, ocorreu um fato que acentuou um pouco dessa desconfiança: 180 mil usuários do orkut foram atacados por um vírus que dava uma "pirada" nos seus perfis. Eu fui um desses usuários afetados. Vi meu perfil ficar doido e começar a agir por conta própria adicionando várias comunidades. Fiquei com raiva e cancelei o meu perfil. A Google declarou ter resolvido o problema, mas para mim foi tarde, pois a falta de confiança me fez sair da rede. Talvez um dia eu volte ao orkut, mas confiança quando se quebra é igual a cristal, nunca mais será a mesma.
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Tecnologia e acesso à internet
Em junho eu escrevi um post no qual eu me perguntava: Em 2020 onde vou consumir webnotícias? Pois bem, espero consumir webnotícias no meu notebook que acabo de comprar. Mas caso isso não aconteça será porque as tecnologias já terão evoluído e barateado a tal ponto de eu já estar com o meu tablet.
Tudo está muito volátil em relação à tecnonologia. Esse notebook que agora me parece moderno, pode ser uma velharia em 2020. Será que joguei meu dinheiro fora? Creio que não. Cada cidadão vive com os avanços tecnológicos do seu tempo, por mais rápidas que estejam as mudanças.
Por falar em progressos, eu não poderia deixa de mencionar a feliz estatística de que quase metade da população brasileira maior de 10 anos já tem acesso à internet. A pesquisa foi divulgada pelo IBGE, com base em inquérito realizado em 2009. São 67,9 milhões de brasileiros acessando a internet, o equivalente a 41,7% da população.
Tudo está muito volátil em relação à tecnonologia. Esse notebook que agora me parece moderno, pode ser uma velharia em 2020. Será que joguei meu dinheiro fora? Creio que não. Cada cidadão vive com os avanços tecnológicos do seu tempo, por mais rápidas que estejam as mudanças.
Por falar em progressos, eu não poderia deixa de mencionar a feliz estatística de que quase metade da população brasileira maior de 10 anos já tem acesso à internet. A pesquisa foi divulgada pelo IBGE, com base em inquérito realizado em 2009. São 67,9 milhões de brasileiros acessando a internet, o equivalente a 41,7% da população.
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
A prática da webnotícia
Escrevo este post para compartilhar um fato: escrevi minha melhor webnotícia até hoje! Meu contato com a produção de webnotícias, que começou durante o meu intercâmbio na Universidade da Beira interior, em Portugal, em 2008-2009, atingiu o seu auge nesse dia 8 de setembro. Nessa data publiquei a webnotícia "UBI recebe 18 estudantes brasileiros em intercâmbio", justamente sobre os intercambistas brasileiros que acabam de chegar em Portugal para fazer o mesmo intercâmbio que eu fiz a dois anos atrás. A notícia começou no dia 8 como a mais lida no URBI na semana e agora está em terceiro lugar.
Digo que foi a minha melhor produção até agora, pois consegui utilizar muitos dos elementos aprendidos na UBI sob a orientação do professor João Canavilhas, em sua disciplina Webjornalismo. Mesclei texto, áudio, vídeo, slide, links e fotos, num uso da multimidialidade que a web nos permite. Apontamentos sobre as aulas de Webjornalismo, do professor João Canavilhas, podem ser conferidos no site Jornalismo Multimédia.
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Cubana ganha prêmio de imprensa com seu blog
A blogueira cubana Yoani Sánchez foi premiada pelo Instituto Internacional de Imprensa (IPI) como heroína da liberdade de imprensa. O seu trabalho de divulgação de informações foi reconhecido como uma resistência à censura imposta pelo governo cubano. Embora bloqueado em Cuba, o seu blog Generación Y ganhou repercussão internacional.
Embora um blog não seja considerado um veículo jornalístico, a divulgação de informações que nele se realiza é benéfico inclusive para a própria imprensa tradicional.
No ano de 2000 o IPI já tinha escolhido os 50 primeiros heróis da liberdade de imprensa, lista na qual está presente o brasileiro Júlio de Mesquista Neto. Nesta última década, foram eleitos mais 10 para completar os "60 Heróis Mundiais da Liberdade de Imprensa", entre os quais a cubana Yoani. A solenidade de entrega do prêmio será feita no Congresso Mundial do IPI que será realizado de 11 a 14 de setembro em Viena e Bratislava
Embora um blog não seja considerado um veículo jornalístico, a divulgação de informações que nele se realiza é benéfico inclusive para a própria imprensa tradicional.
No ano de 2000 o IPI já tinha escolhido os 50 primeiros heróis da liberdade de imprensa, lista na qual está presente o brasileiro Júlio de Mesquista Neto. Nesta última década, foram eleitos mais 10 para completar os "60 Heróis Mundiais da Liberdade de Imprensa", entre os quais a cubana Yoani. A solenidade de entrega do prêmio será feita no Congresso Mundial do IPI que será realizado de 11 a 14 de setembro em Viena e Bratislava
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Como reaproveitar postagens antigas no seu blog
Eis aqui um artigo interessante sobre como aproveitar as postagens que você já fez no seu blog e que já sumiram de vista em páginas internas. As vezes são informações que continuam atuais e que merecem ser relembradas.
De acordo com o artigo, até o webjornal The New York Times utilizou desses recursos para ressuscitar notícias publicadas em seu site. Entre os passos cito: fazer um tópico com artigos relacionados ao mesmo assunto específico, escrever algo atual como introdução e linkar para a postagem anterior ou promover o conteúdo nas redes sociais. Confira mais no artigo 7 passos para ganhar mais visitas no conteúdo do seu blog.
De acordo com o artigo, até o webjornal The New York Times utilizou desses recursos para ressuscitar notícias publicadas em seu site. Entre os passos cito: fazer um tópico com artigos relacionados ao mesmo assunto específico, escrever algo atual como introdução e linkar para a postagem anterior ou promover o conteúdo nas redes sociais. Confira mais no artigo 7 passos para ganhar mais visitas no conteúdo do seu blog.
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
A arte do Webwritting
Muito se fala sobre as características da escrita para a internet. De fato os webjornalistas estão ajustando a sua forma de relatar notícias na web. As técnicas usadas para adaptar o texto às características online são chamadas de webwritting. O blog WebwritterBrasil dá uma explanação sobre alguns pontos dessas técnicas.
Para debater e ensinar um pouco mais sobre isso a Universo abriu um curso rápido para o mês de setembro. O curso, intitulado Webwritting - Técnicas de comunicação na web, será ministrado na cidade de Niterói (RJ). Apesar do valor da inscrição de R$ 200,00, para quem puder pagar é uma boa chance de se atualizar sobre técnicas editoriais no ambiente web e particularidades da comunicação na web.
Para debater e ensinar um pouco mais sobre isso a Universo abriu um curso rápido para o mês de setembro. O curso, intitulado Webwritting - Técnicas de comunicação na web, será ministrado na cidade de Niterói (RJ). Apesar do valor da inscrição de R$ 200,00, para quem puder pagar é uma boa chance de se atualizar sobre técnicas editoriais no ambiente web e particularidades da comunicação na web.
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
USP debate divulgação científica na mídia
Começa amanhã o 1º Seminário do Ciência Web. O evento é organizado pela Universidade de São Paulo por meio da sua Agência Multimídia de Difusão Científica e Educacional. O objetivo é debater o panorama da difusão científica nos meios de comunicação no Brasil.
Dois enfoques são dados: um aos profissionais e estudantes de jornalismo que terão o workshop "Jornalismo na Prática" e o outro para os professores e estudantes de pedagogia que poderão participar do workshop "Novas Ferramentas e os Professores". O Seminário será aberto às 19h de amanhã, com a palestra "A experiência em fazer divulgação científica no Brasil". O evento vai até esta quinta, dia 19.
Considero importante esforços como esse de tentar aproximar os meios de comunicação dos resultados de estudos científicos. Como formadora de opinião e com o seu poder de entrar nos lares brasileiros a mídia tem muito a contribuir para a difusão científica entre a população. Não se pode mais admitir que os resultados de estudos fiquem restritos à elite acadêmica. Atenção especial deve ser dada à internet, pois esse é o meio que apresenta maior potencial de disponibilizar, de forma barata, conteúdos científicos para um número cada vez maior de pessoas.
Confira a programação no site do Seminário.
Dois enfoques são dados: um aos profissionais e estudantes de jornalismo que terão o workshop "Jornalismo na Prática" e o outro para os professores e estudantes de pedagogia que poderão participar do workshop "Novas Ferramentas e os Professores". O Seminário será aberto às 19h de amanhã, com a palestra "A experiência em fazer divulgação científica no Brasil". O evento vai até esta quinta, dia 19.
Considero importante esforços como esse de tentar aproximar os meios de comunicação dos resultados de estudos científicos. Como formadora de opinião e com o seu poder de entrar nos lares brasileiros a mídia tem muito a contribuir para a difusão científica entre a população. Não se pode mais admitir que os resultados de estudos fiquem restritos à elite acadêmica. Atenção especial deve ser dada à internet, pois esse é o meio que apresenta maior potencial de disponibilizar, de forma barata, conteúdos científicos para um número cada vez maior de pessoas.
Confira a programação no site do Seminário.
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
EUA censuram publicação do Wikileaks
O Pentágono está censurando o site de notícias Wikileaks, em virtude da publicação de cerca de 76 mil relatórios sobre a Guerra no Afeganistão. De acordo com o Washington Post, a censura seria em virtude de os relatórios serem secretos e terem sido obtidos de forma ilegal. Suspeita-se que um soldado do exército norte-americano tenha sido o culpado pelo vazamento das informações.
Além dos cerca de 76 mil relatórios publicados, outros 15 mil ainda estariam sendo analisados para futura publicação. O Pentágono já impediu os seus funcionários de acessarem o site e pediu do Wikileaks a devolução dos documentos. Além disso está tomando medidas para impedir a publicação do resto dos relatórios.
Muito se fala sobre a idoneidade da obtenção desses documentos, mas há os que defendam ações como essa que possibilitam à população ter acesso a informações que foram omitidas pelos detentores do poder.
De minha parte, eu gostei da ação do Wikileaks, pois caso contrário eu nunca ficaria sabendo das mortes de civis entre outras informações que o relatório declara. A publicação dos documentos pode ser conferida no site do Wikileaks.
Além dos cerca de 76 mil relatórios publicados, outros 15 mil ainda estariam sendo analisados para futura publicação. O Pentágono já impediu os seus funcionários de acessarem o site e pediu do Wikileaks a devolução dos documentos. Além disso está tomando medidas para impedir a publicação do resto dos relatórios.
Muito se fala sobre a idoneidade da obtenção desses documentos, mas há os que defendam ações como essa que possibilitam à população ter acesso a informações que foram omitidas pelos detentores do poder.
De minha parte, eu gostei da ação do Wikileaks, pois caso contrário eu nunca ficaria sabendo das mortes de civis entre outras informações que o relatório declara. A publicação dos documentos pode ser conferida no site do Wikileaks.
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
França aposta em quiosque virtual para webjornais
Uma associação de cinco webjornais franceses irá criar uma banca virtual para a venda de seus conteúdos. O projeto abrange os jornais Le Monde, Libération, Le Figaro, Les Échos, Le Parisien e L'Équipe e tem previsão de ser lançado em setembro.
Creio que essa idéia poderá otimizar a forma de cobrança pelo conteúdo jornalístico online. Essa banca virtual, na verdade, irá funcionar como um portal, onde o webleitor poderá encontrar notícias breves grátis e acesso pago às notícias mais elaboradas.
A princípio o projeto será composto somente por empresas jornalísticas, mas o grupo cogita, no futuro, associar-se a alguma empresa de tecnologia para concorrer com o Google News.
Creio que essa idéia poderá otimizar a forma de cobrança pelo conteúdo jornalístico online. Essa banca virtual, na verdade, irá funcionar como um portal, onde o webleitor poderá encontrar notícias breves grátis e acesso pago às notícias mais elaboradas.
A princípio o projeto será composto somente por empresas jornalísticas, mas o grupo cogita, no futuro, associar-se a alguma empresa de tecnologia para concorrer com o Google News.
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Livro debate impacto das tecnologias no jornalismo
O Centro Knight para o Jornalismo nas América lançou um livro gratuito para debater as tecnologias digitais em face ao jornalismo e à democracia. A versão em espanhol da obra é intitulada "El Impacto de las Tecnologías Digitales en el Periodismo y la Democracia en América Latina y el Caribe".
O livro é de autoria de Guillermo Franco e foi publicado em parceria com o Programa de Meios de Comunicação do Open Society Institute (OSI).
As mudanças na forma de se fazer jornalismo e a mobilização social potencializada pela internet são um dos temas abordados. A obra pode ser baixada em espanhol ou em inglês, no site do Centro Knight.
O livro é de autoria de Guillermo Franco e foi publicado em parceria com o Programa de Meios de Comunicação do Open Society Institute (OSI).
As mudanças na forma de se fazer jornalismo e a mobilização social potencializada pela internet são um dos temas abordados. A obra pode ser baixada em espanhol ou em inglês, no site do Centro Knight.
segunda-feira, 19 de julho de 2010
JB foca o online, mas num modelo arriscado
Como noticiei aqui no dia 5 de julho, o Jornal do Brasil cogitava abandonar a versão online. Essa decisão vai ser tomada de fato a partir de setembro. Por causas de questões financeiras, a versão impressa vai circular somente até o dia 31 de agosto. O jornal anunciou a decisão na sua edição de 14 de julho. Porém, outra medida foi anunciada e me preocupa: o conteúdo online passará a ser pago. O webleitor vai pagar uma assinatura mensal de R$ 9,90 para ter acesso ao conteúdo.
Pode parecer pouco, mas isso pode afastar os usuários, uma vez que ainda não está instituída uma cultura de se pagar pelo conteúdo da internet. Como também postei aqui, os webjornais ingleses The Times e Sunday Times passaram a cobrar pelo seu conteúdo, e uma pesquisa recente aponta que o fluxo de leitores caiu em 66%.
Pode parecer pouco, mas isso pode afastar os usuários, uma vez que ainda não está instituída uma cultura de se pagar pelo conteúdo da internet. Como também postei aqui, os webjornais ingleses The Times e Sunday Times passaram a cobrar pelo seu conteúdo, e uma pesquisa recente aponta que o fluxo de leitores caiu em 66%.
segunda-feira, 12 de julho de 2010
O absurdo de cobrar pela interatividade
Achei absurda a decisão tomada pelo webjornal norte-americano The Sun Chronicle. Eles simplesmente irão cobrar dos usuários que quiserem postar comentários. A medida começa a funcionar a partir de amanhã e cada usuário terá que pagar 1 dólar para postar um comentário, quase 1,80 real.
Os editores se justificam dizendo que a cobrança é para inibir o abuso que é praticado através do anonimato. Agora, além dos dados cadastrais, o webleitor também terá que informar os dados do seu cartão de crédito no qual será debitado o valor a cada comentário postado.
Apesar da justificativa, não deixo de ver nisso a mão do capitalismo querendo onerar o usuário. Os comentários têm muito a contribuir com a webnotícia, tornando-a na espiral inacabada defendida por João Canavilhas ou na escrita coletiva aclamada por Alex Primo. Cobrar por esse adendo parece-me um abuso que pode decorrer na perda de leitores por parte desse webjornal.
Como se não bastasse o dilema atual sobre cobrar ou não pelo acesso, agora está lançada a questão sobre a cobrança pelos comentários. Em meu artigo apresentado no Intercom Sudeste, apresento uma análise onde as notícias da Folha Online obtiveram expressiva quantidade de comentários, chegando uma delas a 3.006. Já pensou cobrar 1,80 real por cada um dos 3.006 comentários?
Felizmente creio e espero que essa cobrança seja apenas um caso isolado e condenado da mentalidade ianque.
Os editores se justificam dizendo que a cobrança é para inibir o abuso que é praticado através do anonimato. Agora, além dos dados cadastrais, o webleitor também terá que informar os dados do seu cartão de crédito no qual será debitado o valor a cada comentário postado.
Apesar da justificativa, não deixo de ver nisso a mão do capitalismo querendo onerar o usuário. Os comentários têm muito a contribuir com a webnotícia, tornando-a na espiral inacabada defendida por João Canavilhas ou na escrita coletiva aclamada por Alex Primo. Cobrar por esse adendo parece-me um abuso que pode decorrer na perda de leitores por parte desse webjornal.
Como se não bastasse o dilema atual sobre cobrar ou não pelo acesso, agora está lançada a questão sobre a cobrança pelos comentários. Em meu artigo apresentado no Intercom Sudeste, apresento uma análise onde as notícias da Folha Online obtiveram expressiva quantidade de comentários, chegando uma delas a 3.006. Já pensou cobrar 1,80 real por cada um dos 3.006 comentários?
Felizmente creio e espero que essa cobrança seja apenas um caso isolado e condenado da mentalidade ianque.
segunda-feira, 5 de julho de 2010
JB cogita dedicar-se somente à versão online
O Jornal do Brasil reclama para si o título de "O primeiro jornal brasileiro na internet", condição essa atingida em 1995. Agora está prestes a outro pioneirismo: ser um jornal que larga a versão impressa para dedicar-se somente à edição online. Esse é o desejo do seu acionista majoritário, Nelson Tanure.
Antes de tomar essa decisão, que enfrenta a oposição do próprio presidente do JB, o jornal está com uma pesquisa entre os leitores. A intenção é coletar os interesses dos usuários para com os conteúdos disponibilizados online. De acordo com o perfil que for apurado, o jornal decidirá o seu futuro.
O avanço das edições online é crescente e hoje abrange praticamente todos os jornais impressos. Mas até em que ponto esse progresso poderá prejudicar a versão impressa não se sabe. Se você gosta de conteúdos online, vale a pena colaborar com a pesquisa do Jornal do Brasil.
Antes de tomar essa decisão, que enfrenta a oposição do próprio presidente do JB, o jornal está com uma pesquisa entre os leitores. A intenção é coletar os interesses dos usuários para com os conteúdos disponibilizados online. De acordo com o perfil que for apurado, o jornal decidirá o seu futuro.
O avanço das edições online é crescente e hoje abrange praticamente todos os jornais impressos. Mas até em que ponto esse progresso poderá prejudicar a versão impressa não se sabe. Se você gosta de conteúdos online, vale a pena colaborar com a pesquisa do Jornal do Brasil.
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Webjornalismo de fonte aberta
Estava pesquisando sobre o webjornalismo e encontrei uma dissertação de mestrado da UFBA com uma explanação interessante sobre o jornalismo de fonte aberta. Antes de dar a minha opinião, aí vai a definição dada pelo autor André Holanda:
"Jornalismo de fonte aberta é aquele que depende da participação do público tanto para a produção do conteúdo a ser publicado, quanto para a sua validação através do escrutínio e da correção efetuados pelos leitores. A notícia não vale por ter sido publicada, mas sim por resistir ou incorporar as críticas do público a que se destina."
Essa situação também pode ser encontrada nos webjornais, que têm suas notícias sabatinadas com os comentários dos webleitores. A diferença é que no jornalismo de fonte aberta, em sites como o Wikinotícias, essa análise crítica do público é garantida, essencial e rotineira. Já na grande mídia ainda são poucas as brechas para que o cidadão exerça o policiamento do conteúdo.
A abertura para a participação e monitoramento do cidadão é uma parceria que traz mais credibilidade ao veículo de comunicação, embora a grande mídia ainda não esteja preparada para abdicar do seu poder de gatekeeper.
Vale à pena ler na dissertação citada acima um pouco mais sobre o jornalismo de fonte aberta.
"Jornalismo de fonte aberta é aquele que depende da participação do público tanto para a produção do conteúdo a ser publicado, quanto para a sua validação através do escrutínio e da correção efetuados pelos leitores. A notícia não vale por ter sido publicada, mas sim por resistir ou incorporar as críticas do público a que se destina."
Essa situação também pode ser encontrada nos webjornais, que têm suas notícias sabatinadas com os comentários dos webleitores. A diferença é que no jornalismo de fonte aberta, em sites como o Wikinotícias, essa análise crítica do público é garantida, essencial e rotineira. Já na grande mídia ainda são poucas as brechas para que o cidadão exerça o policiamento do conteúdo.
A abertura para a participação e monitoramento do cidadão é uma parceria que traz mais credibilidade ao veículo de comunicação, embora a grande mídia ainda não esteja preparada para abdicar do seu poder de gatekeeper.
Vale à pena ler na dissertação citada acima um pouco mais sobre o jornalismo de fonte aberta.
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Em 2020, onde vou consumir webnotícias?
Estava eu aqui diante do meu velho computador, com monitor de 17" e CPU, planejando substitui-lo em breve por um notebook, quando li uma notícia de que, em 2015, um em cada quatro computadores vendidos será um tablet. Ou seja, quando eu fizer a evolução de aposentar meu computador e comprar um notebook, o próprio notebook já estará correndo o risco de tornar-se antigo com o advento do tablet.
O tablet é um computador móvel, de tela plana, cujas funções são acionadas via touchscreen com uma caneta ou com o dedo mesmo. Ele permite que o usuário faça anotações como se estivesse escrevendo num caderno e armazena os textos.
Com toda essa evolução me veio uma questão: onde eu irei consumir webnotícias daqui a 10 anos? Na Tv digital, no rádio digital, no celular, na geladeira, no relógio, num tablet ou irei me contentar com meu futuro notebook? Só espero que os avanços da tecnologia não atropelem a comunidade acadêmica que está a pesquisar formas de melhor difundir os conteúdos jornalísticos nesses novos, portáteis e interativos suportes.
O tablet é um computador móvel, de tela plana, cujas funções são acionadas via touchscreen com uma caneta ou com o dedo mesmo. Ele permite que o usuário faça anotações como se estivesse escrevendo num caderno e armazena os textos.
Com toda essa evolução me veio uma questão: onde eu irei consumir webnotícias daqui a 10 anos? Na Tv digital, no rádio digital, no celular, na geladeira, no relógio, num tablet ou irei me contentar com meu futuro notebook? Só espero que os avanços da tecnologia não atropelem a comunidade acadêmica que está a pesquisar formas de melhor difundir os conteúdos jornalísticos nesses novos, portáteis e interativos suportes.
segunda-feira, 14 de junho de 2010
A Copa está na web, mas a Tv dá goleada
Recebi hoje um comunicado de que o setor onde eu trabalho irá fechar durante os jogos do Brasil na Copa do Mundo de Futebol. Confesso que a princípio não fazia questão dessa paralisação, pois acompanharia os jogos pela internet na minha mesa de trabalho. Mas ao ver a alegria do povo ao saber que poderia assistir aos jogos em casa, pensei: a televisão ainda carrega um forte apelo social. Reunir a família e os amigos para ver os jogos é um ritual que a televisão proporciona e que a internet não consegue superar.
Há a expectativa de que essa Copa se torne o evento mais visto nos meios de comunicação. Concordo com essa profecia, até mesmo porque hoje os jogos são acompanhados pelo rádio, pela tv, pela internet, pelo telefone e pelo smartphone e afins. Mas mesmo com essa variedade de veículos para acompanhar os jogos, a televisão reina soberana. É algo quase que tribal. Todos em casa em frente às telas ou nos bares em frente aos telões.
Sou fã, pesquisador e propagador das inúmeras vantagens da difusão de notícias na web. Mas, pelo menos durante os 90 minutos dos jogos, vou aderir ao ritual tribal e dar preferência à televisão. A internet fica pra depois.
Há a expectativa de que essa Copa se torne o evento mais visto nos meios de comunicação. Concordo com essa profecia, até mesmo porque hoje os jogos são acompanhados pelo rádio, pela tv, pela internet, pelo telefone e pelo smartphone e afins. Mas mesmo com essa variedade de veículos para acompanhar os jogos, a televisão reina soberana. É algo quase que tribal. Todos em casa em frente às telas ou nos bares em frente aos telões.
Sou fã, pesquisador e propagador das inúmeras vantagens da difusão de notícias na web. Mas, pelo menos durante os 90 minutos dos jogos, vou aderir ao ritual tribal e dar preferência à televisão. A internet fica pra depois.
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Webnotícia em qualquer lugar
Uma das potencialidades do webjornalismo é a sua entrada nos aparelhos móveis de telefonia. As novas gerações de telefones celulares que trazem os smartphones e afins já possibilitam aos usuários acessar a internet e os conteúdos dos webjornais. É claro que o custo desse serviço para o consumidor é mais caro do que comprar um jornal na banca. Porém, quando se está em trânsito, a portabilidade do aparelho e a atualização contínua das informações constituem um forte apelo para que o costume de levar o jornal debaixo do braço ceda lugar ao ato de levar o celular no bolso (afinal, o celular já está no bolso mesmo, né).
Como os aparelhos de telefonia móvel já são peças indispensáveis no dia-a-dia, então disponibilizar webnotícias a partir deles é de fato um caminho a ser consolidado pelo webjornalismo.
Como os aparelhos de telefonia móvel já são peças indispensáveis no dia-a-dia, então disponibilizar webnotícias a partir deles é de fato um caminho a ser consolidado pelo webjornalismo.
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Webjornalismo em quadrinhos
O webjornalismo ganhou mais uma inovação: a notícia em quadrinhos. Essa é a aposta do webjornal japonês Manga No Shimbun, que passou a reportar os fatos em histórias em quadrinhos. A tentativa é de atrair o público jovem.
A versão online é derivada da versão impressa chamada Yomiuri Shimbun, que tem uma tiragem diária superior à do The New York Times. Um grupo de ilustradores foi contratado para transformar em quadrinhos algumas notícias do jornal impresso e publicar na versão online.
Essa é mais uma das potencialidades do jornalismo feito na web, cujo universo de possibilidades está ainda a ser descoberto. Gostei das notícias em quadrinhos, embora eu não entenda texto em japonês. Confira como ficou o Manga No Shimbun.
A versão online é derivada da versão impressa chamada Yomiuri Shimbun, que tem uma tiragem diária superior à do The New York Times. Um grupo de ilustradores foi contratado para transformar em quadrinhos algumas notícias do jornal impresso e publicar na versão online.
Essa é mais uma das potencialidades do jornalismo feito na web, cujo universo de possibilidades está ainda a ser descoberto. Gostei das notícias em quadrinhos, embora eu não entenda texto em japonês. Confira como ficou o Manga No Shimbun.
segunda-feira, 24 de maio de 2010
A web e o poder do cidadão-fonte
Estamos vivendo duas formas de participação da população na publicação de notícias no Brasil, principalmente na web. Uma é estabelecida como uma tentativa de dar visibilidade a fatos que a mídia tradicional não enxerga ou não quer enxergar. São sites como o Centro de Mídia Independente (CMI), que se situam em oposição ao controle de informação por parte das principais organizações de comunicação. Outra vertente é a abertura das próprias mídias tradicionais à participação da população com o envio de vídeos, fotos e relatos, como ocorre na coluna VC no G1.
Nos dois casos o jornalismo ganha com o aumento das fontes. Agora, ao invés de ligar para o veículo de comunicação para informar algum fato jornalístico, o cidadão faz ele próprio a coleta dos dados (relatos, sons e imagens) e envia sob sua autoria. Todo cidadão é potencial fonte e produtor da notícia. Isso gera essa revolução onde a mídia se curva ao seu público para obter conteúdos noticiosos.
A internet e o webjornalismo são os principais desencadeadores desse aumento de poder do cidadão-fonte, o qual pode agora ampliar a sua voz, seja com total liberdade como nos blogs, com foco direcionado como no CMI ou ainda enfrentando o tradicional gatekeeper como no caso do VC no G1.
Nos dois casos o jornalismo ganha com o aumento das fontes. Agora, ao invés de ligar para o veículo de comunicação para informar algum fato jornalístico, o cidadão faz ele próprio a coleta dos dados (relatos, sons e imagens) e envia sob sua autoria. Todo cidadão é potencial fonte e produtor da notícia. Isso gera essa revolução onde a mídia se curva ao seu público para obter conteúdos noticiosos.
A internet e o webjornalismo são os principais desencadeadores desse aumento de poder do cidadão-fonte, o qual pode agora ampliar a sua voz, seja com total liberdade como nos blogs, com foco direcionado como no CMI ou ainda enfrentando o tradicional gatekeeper como no caso do VC no G1.
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Impressões do Intercom Sudeste
Foi bem produtivo para mim o Intercom Sudeste, realizado nesse fim-de-semana de 13 a 15 de maio. Apresentei trabalho, assisti a boas mesas redondas e a outros trabalhos. Para completar, ainda fiz a minha reportagem que vou postar no Urbi na quarta-feira.
É interessante ver vários professores e estudantes compartilhando juntos os resultados de suas pesquisas. Na divisão temática na qual eu apresentei, além da interatividade nos webjornais da qual eu falei, ainda houve trabalhos sobre interatividade em blogs, em rádios, em jogos e debate sobre biblioteca digital.
Encontrar as salas era meio confuso, pois além de labirintos havia também informações desencontradas, mas o resto e, principalmente, o conteúdo compartilhado, foi bom.
Parabéns aos trabalhos do Expocom que se classificaram para o Intercom nacional. Mas acho que a participação nessa competição deveria ser mais estimulada nas universidades, principalmente nas públicas.
É interessante ver vários professores e estudantes compartilhando juntos os resultados de suas pesquisas. Na divisão temática na qual eu apresentei, além da interatividade nos webjornais da qual eu falei, ainda houve trabalhos sobre interatividade em blogs, em rádios, em jogos e debate sobre biblioteca digital.
Encontrar as salas era meio confuso, pois além de labirintos havia também informações desencontradas, mas o resto e, principalmente, o conteúdo compartilhado, foi bom.
Parabéns aos trabalhos do Expocom que se classificaram para o Intercom nacional. Mas acho que a participação nessa competição deveria ser mais estimulada nas universidades, principalmente nas públicas.
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Características do Webjornalismo
No post anterior eu falei da disputa entre os termos webjornalismo e ciberjornalismo para denominar o jornalismo feito na web. Agora continuarei falando de denominações, mas num campo onde há um certo consenso: as características do webjornalismo.
São sete as características:
1 - Hipertextualidade: a notícia é composta por blocos ligados por hiperlinks que possibilitam ao usuário flutuar pelo seu conteúdo.
2 - Multimidialidade: várias mídias no mesmo suporte da web (texto, áudio, imagem, vídeo e infografia).
3 - Interatividade: capacidade de o usuário interagir com a notícia com comentários, sugestões, fóruns, enquetes, etc.
4 - Instantaneidade: a notícia pode ser publicada no momento em que acontece e atualizada em intervalos rápidos de tempo.
5 - Personalização: o usuário pode escolher ler ou receber somente as notícias que também sejam do seu interesse.
6 - Memória: a notícia fica armazenada na web, disponível para quem quiser acessá-la a qualquer dia e hora.
7 - Ubiquidade: a notícia está conectada em escala global com os leitores e jornalistas, independente de onde estejam.
Muitas dessas características já existiam nos meios de comunicação anteriores, porém sem a potencialidade que agora assumem.
Em sua tese de doutorado a professora Luciana Mielniczuk discorreu sobre as seis primeiras características, faltando somente a ubiquidade cuja instituição é mais recente. Essas sete características são suficientes para instituir uma especialidade de jornalismo na web, como ressaltou o professor João Canavilhas em seu artigo Cinco Ws e um H para o jornalismo na web.
São sete as características:
1 - Hipertextualidade: a notícia é composta por blocos ligados por hiperlinks que possibilitam ao usuário flutuar pelo seu conteúdo.
2 - Multimidialidade: várias mídias no mesmo suporte da web (texto, áudio, imagem, vídeo e infografia).
3 - Interatividade: capacidade de o usuário interagir com a notícia com comentários, sugestões, fóruns, enquetes, etc.
4 - Instantaneidade: a notícia pode ser publicada no momento em que acontece e atualizada em intervalos rápidos de tempo.
5 - Personalização: o usuário pode escolher ler ou receber somente as notícias que também sejam do seu interesse.
6 - Memória: a notícia fica armazenada na web, disponível para quem quiser acessá-la a qualquer dia e hora.
7 - Ubiquidade: a notícia está conectada em escala global com os leitores e jornalistas, independente de onde estejam.
Muitas dessas características já existiam nos meios de comunicação anteriores, porém sem a potencialidade que agora assumem.
Em sua tese de doutorado a professora Luciana Mielniczuk discorreu sobre as seis primeiras características, faltando somente a ubiquidade cuja instituição é mais recente. Essas sete características são suficientes para instituir uma especialidade de jornalismo na web, como ressaltou o professor João Canavilhas em seu artigo Cinco Ws e um H para o jornalismo na web.
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Webjornalismo X Ciberjornalismo
Entre as nomenclaturas dadas aos elementos presentes no jornalismo feito na web, destaco duas: webjornalismo e ciberjornalismo, as quais ganham destaque ao denominar disciplinas nos cursos de Comunicação.
No 1º Congresso Internacional de Ciberjornalismo, em 2008, na Universidade do Porto, percebi a força dessas duas linhas. Embora o prefixo ciber (jornalismo feito no ciberespaço) estivesse em vantagem por dar nome ao evento, em minha monografia defendi o prefixo web (webjornalismo, webnotícia, webleitor, webjornal).
Para mim é suficiente a justificativa da professora e pesquisadora Luciana Mielniczuk, que levanta os argumentos da também pesquisadora Angèle Murad para bater o martelo a favor do prefixo web. Murad diz que a nomenclatura está ligada ao suporte, fato esse que nos faz chamar de telejornalismo o feito na televisão, radiojornalismo o feito no rádio e jornalismo impresso o impresso em papel. Se o suporte é quem dita o nome, Mielniczuk justifica que webjornalismo é a denominação ideal para o jornalismo feito na web. Estou com ela e com essa sua boa explanação feita na sua tese de doutorado que pode ser baixada no site do Grupo de Pesquisa em Jornalismo On-line da UFBA. Para não deixar passar em branco, jornalismo online é outra das nomenclaturas que disputam espaço com as duas citadas, no meio acadêmico.
No 1º Congresso Internacional de Ciberjornalismo, em 2008, na Universidade do Porto, percebi a força dessas duas linhas. Embora o prefixo ciber (jornalismo feito no ciberespaço) estivesse em vantagem por dar nome ao evento, em minha monografia defendi o prefixo web (webjornalismo, webnotícia, webleitor, webjornal).
Para mim é suficiente a justificativa da professora e pesquisadora Luciana Mielniczuk, que levanta os argumentos da também pesquisadora Angèle Murad para bater o martelo a favor do prefixo web. Murad diz que a nomenclatura está ligada ao suporte, fato esse que nos faz chamar de telejornalismo o feito na televisão, radiojornalismo o feito no rádio e jornalismo impresso o impresso em papel. Se o suporte é quem dita o nome, Mielniczuk justifica que webjornalismo é a denominação ideal para o jornalismo feito na web. Estou com ela e com essa sua boa explanação feita na sua tese de doutorado que pode ser baixada no site do Grupo de Pesquisa em Jornalismo On-line da UFBA. Para não deixar passar em branco, jornalismo online é outra das nomenclaturas que disputam espaço com as duas citadas, no meio acadêmico.
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Interação mútua e interação reativa
Ao teclar essas palavras estou exercendo uma interação reativa com o meu computador, pois ele me dá respostas predeterminadas de acordo com as teclas que aciono. Você ao ler esse post ou ao votar nas enquetes ao lado também está fazendo parte de uma interação reativa, pois você lê um texto que foi escrito independente da sua influência e/ou vota em respostas que eu estipulei nas minhas enquetes. Por mais que você interaja, o seu voto não modifica as alternativas de respostas, pois elas já estão dadas.
Quer exercer uma interação mútua? Então poste um comentário. Na hipótese de isso ocorrer num blog iniciante como o meu, o seu comentário poderá questionar esse meu texto, provocando em mim uma resposta condicionada ao seu conteúdo, o que por sua vez poderá gerar uma contra-resposta de sua parte. Esse debate, onde as falas são imprevisíveis e condicionadas pela resposta alheia, gera a interação onde os interagentes e o ambiente influenciam-se mutuamente provocando conteúdos novos.
Esses dois tipos de interação fazem parte do panorama do webjornalismo e são debatidas por Alex Primo em seu artigo "Interação mútua e interação reativa".
Quer exercer uma interação mútua? Então poste um comentário. Na hipótese de isso ocorrer num blog iniciante como o meu, o seu comentário poderá questionar esse meu texto, provocando em mim uma resposta condicionada ao seu conteúdo, o que por sua vez poderá gerar uma contra-resposta de sua parte. Esse debate, onde as falas são imprevisíveis e condicionadas pela resposta alheia, gera a interação onde os interagentes e o ambiente influenciam-se mutuamente provocando conteúdos novos.
Esses dois tipos de interação fazem parte do panorama do webjornalismo e são debatidas por Alex Primo em seu artigo "Interação mútua e interação reativa".
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Rumo ao Intercom Sudeste!
Estou prestes a fazer a minha primeira apresentação em congressos! O meu trabalho intitulado "A interatividade com o webleitor: casos da Folha Online e da Tribuna de Minas" foi aceito para o Intercom Sudeste. O evento será realizado na cidade de Vitória (ES) de 13 a 15 de maio e é uma prévia do Intercom Nacional.
Escrevi esse artigo baseado na minha monografia de graduação intitulada "A interação com a webnotícia", que defendi no ano passado no curso de Comunicação Social da UFJF.
Escrevi esse artigo baseado na minha monografia de graduação intitulada "A interação com a webnotícia", que defendi no ano passado no curso de Comunicação Social da UFJF.
Será ótimo submeter o meu trabalho às críticas dos participantes do Intercom. Terei então um feed back que me ajudará a prosseguir na minha pesquisa sobre o jornalismo na web, sendo que agora estou focando o webjornalismo participativo.
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Qual o futuro dos jornais impressos frente ao webjornalismo?
Com a difusão dos jornais na internet, muito se pergunta sobre o futuro dos jornais impressos. Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos constatou que 49% dos norte-americanos acreditam que os jornais impressos em papel irão acabar com o desenvolvimento do jornalismo na web. De fato, com conteúdo grátis online, o público pode diminuir o costume de comprar os jornais na bancas.
De acordo com dados do Instituto Verificador de Circulação, o primeiro semestre de 2009 teve uma queda de 4,8% na venda dos jornais impressos no Brasil, entre os 113 veículos filiados.
Mas creio que, apesar da queda nas vendas, os jornais impressos ainda vão se estabilizar e conviver junto com os jornais da internet, assim como vinham convivendo com o rádio e com a televisão. Como eu já havia afirmado em minha monografia de graduação: “A web e, conseqüentemente, o webjornalismo, não vêm a fazer desaparecer os outros veículos; pelo contrário, os jornais, rádios e emissoras de televisão têm na web uma janela de divulgação dos seus produtos e conteúdos e de descoberta de novos mecanismos de fidelizar o seu público.”
A pesquisa realizada nos EUA, que citei acima, foi realizada pelos institutos Arbitron e Edison Research, que entrevistaram 1.753 pessoas maiores de 12 anos.
De acordo com dados do Instituto Verificador de Circulação, o primeiro semestre de 2009 teve uma queda de 4,8% na venda dos jornais impressos no Brasil, entre os 113 veículos filiados.
Mas creio que, apesar da queda nas vendas, os jornais impressos ainda vão se estabilizar e conviver junto com os jornais da internet, assim como vinham convivendo com o rádio e com a televisão. Como eu já havia afirmado em minha monografia de graduação: “A web e, conseqüentemente, o webjornalismo, não vêm a fazer desaparecer os outros veículos; pelo contrário, os jornais, rádios e emissoras de televisão têm na web uma janela de divulgação dos seus produtos e conteúdos e de descoberta de novos mecanismos de fidelizar o seu público.”
A pesquisa realizada nos EUA, que citei acima, foi realizada pelos institutos Arbitron e Edison Research, que entrevistaram 1.753 pessoas maiores de 12 anos.
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Yahoo investe no webjornalismo
O Yahoo deu mais um passo para incrementar a publicação de notícias no seu portal. Para reforçar o conteúdo do Yahoo Notícias, o grupo decidiu abrir uma redação em Washington. A finalidade é aumentar a produção de conteúdo próprio e não depender tanto das agências externas. Esse é mais um ponto para o webjornalismo, que busca investimentos para se consolidar na web. Vale a pena conferir se haverá ou não melhoria na oferta de informação do Yahoo Notícias.
segunda-feira, 29 de março de 2010
Conteúdo dos webjornais: cobrar ou não cobrar?
Os webjornais ainda procuram por uma forma eficiente de garantir uma receita que cubra os seus custos e dê algum lucro. Os ingleses Times e Sunday Times, que pertencem à mesma empresa, vão apostar na cobrança pelo acesso dos usuários. O pagamento, que terá início em junho deste ano, será feito por dia ou por semana. O editor do Times, James Harding, afirma que cobrar pelo acesso é uma medida arriscada mas necessária para a sustentabilidade, e diz ser mais arriscado entregar o conteúdo de graça.
O risco de cobrar pela webnotícia reside no fato de que a maioria dos internautas já se acostumou com o grande volume de informações grátis que circula na rede. João Canavilhas em seu livro “Webnotícia – propuesta de modelo periodístico para la www” registrou uma experiência mal sucedida dos webjornais El País, da Espanha, e Público, de Portugal, os quais implantaram a cobrança pelos seus conteúdos na internet mas tiveram que voltar atrás pela perda de audiência.
Para manter um jornal na internet deve-se investir muito em tecnologia e mão-de-bra qualificada. Encontrar a forma adequada de cobrir esse custo é então fundamental para o desenvolvimento do webjornalismo. Convém observar qual será o resultado dessa atitude do Times e do Sunday Times.
O risco de cobrar pela webnotícia reside no fato de que a maioria dos internautas já se acostumou com o grande volume de informações grátis que circula na rede. João Canavilhas em seu livro “Webnotícia – propuesta de modelo periodístico para la www” registrou uma experiência mal sucedida dos webjornais El País, da Espanha, e Público, de Portugal, os quais implantaram a cobrança pelos seus conteúdos na internet mas tiveram que voltar atrás pela perda de audiência.
Para manter um jornal na internet deve-se investir muito em tecnologia e mão-de-bra qualificada. Encontrar a forma adequada de cobrir esse custo é então fundamental para o desenvolvimento do webjornalismo. Convém observar qual será o resultado dessa atitude do Times e do Sunday Times.
segunda-feira, 22 de março de 2010
Web, publicidade e ecologia: tudo azul no UOL
Um dos mais importantes portais noticiosos do Brasil está de fundo azul, neste dia 22 de março. O site do UOL foi um dos alvos de uma campanha publicitária e assumiu a cor azul, em homenagem ao Dia Mundial da Água. A campanha, intitulada Movimento Cyan, é patrocinada pela AmBev.
Essa é uma adesão a uma campanha por meio da interatividade do layout, mas a interatividade com o webleitor é mais importante do que ações publicitárias. Nesse ponto o UOL acertou ao colocar no seu site a opção de voltar a exibir na cor habitual de fundo branco. E, para ter um feedback do usuário, o site lançou um Grupo de Discussão sobre a nova cor, a qual vai durar 24 horas.
Mesmo que a mudança de cor não esteja se dando de graça (toda campanha libera proventos a quem adere a ela), deixo meus parabéns ao site pela demonstração da versatilidade de layout da web e, principalmente, pelo respeito ao usuário.
Para saber mais sobre essa campanha acesse o site do UOL, o seu grupo de discussão ou o blog do Movimento Cyan.
Essa é uma adesão a uma campanha por meio da interatividade do layout, mas a interatividade com o webleitor é mais importante do que ações publicitárias. Nesse ponto o UOL acertou ao colocar no seu site a opção de voltar a exibir na cor habitual de fundo branco. E, para ter um feedback do usuário, o site lançou um Grupo de Discussão sobre a nova cor, a qual vai durar 24 horas.
Mesmo que a mudança de cor não esteja se dando de graça (toda campanha libera proventos a quem adere a ela), deixo meus parabéns ao site pela demonstração da versatilidade de layout da web e, principalmente, pelo respeito ao usuário.
Para saber mais sobre essa campanha acesse o site do UOL, o seu grupo de discussão ou o blog do Movimento Cyan.
segunda-feira, 15 de março de 2010
Estadão.com.br de cara nova
A versão web do jornal Estado de São Paulo incrementou o seu layout apostando em mais interatividade com o webleitor. A redação está unificada com a que produz para o impresso, mas as notícias são colocadas na web buscando respeitar as características do meio.
Pelo que pude observar, o layout lançado neste sábado, 13 de março, está de fato inovador e mais interativo. Percebe-se a preocupação em seguir a tendência dos webjornais feitos com base nos mecanismos disponíveis na internet (imagens interativas, atualização rápida das notícias, lista das mais comentadas, serviços online e exploração da multimidialidade).
Vale a pena conferir o novo layout do site do Estadão.
Pelo que pude observar, o layout lançado neste sábado, 13 de março, está de fato inovador e mais interativo. Percebe-se a preocupação em seguir a tendência dos webjornais feitos com base nos mecanismos disponíveis na internet (imagens interativas, atualização rápida das notícias, lista das mais comentadas, serviços online e exploração da multimidialidade).
Vale a pena conferir o novo layout do site do Estadão.
segunda-feira, 8 de março de 2010
Será o acesso à internet um direito vital?
Uma pesquisa feita pela BBC World Service em parceria com o instituto GlobeScan mediu o grau de necessidade da internet na vida dos cidadãos. Foram entrevistadas 29.973 pessoas em 26 países e apurou-se que 79% do público considera o acesso à internet um direito fundamental na atualidade. Enquanto no Japão 84% responderam que não saberiam viver sem a internet, no Brasil essa porcentagem foi de apenas 29%.
A internet está cada vez mais presente na vida das pessoas. Seja em casa, na escola ou no trabalho, a tela direcionada para o mundo está se tornando um elemento fundamental para a produção e a interação dos cidadãos. No Brasil o custo de estar on-line ainda é alto, mas tende a baratear com a concorrência no fornecimento desse serviço, assim como ocorreu com o telefone celular, para o bom desenvolvimento da comunicação a longa distância.
Com as facilidades que oferece, a internet vai sim se transformar em um serviço vital, como mostrou a pesquisa que citei acima e que está disponível no site da GlobeScan.
A internet está cada vez mais presente na vida das pessoas. Seja em casa, na escola ou no trabalho, a tela direcionada para o mundo está se tornando um elemento fundamental para a produção e a interação dos cidadãos. No Brasil o custo de estar on-line ainda é alto, mas tende a baratear com a concorrência no fornecimento desse serviço, assim como ocorreu com o telefone celular, para o bom desenvolvimento da comunicação a longa distância.
Com as facilidades que oferece, a internet vai sim se transformar em um serviço vital, como mostrou a pesquisa que citei acima e que está disponível no site da GlobeScan.
segunda-feira, 1 de março de 2010
Jornalismo participativo em tempos de tragédia
O jornalismo está se servindo cada vez mais da interação com o seu público. Por vezes os jornais utilizam registros feitos pela população que está no local do incidente, como no caso das imagens feitas pelas pessoas no terremoto no Haiti. Agora, com o terremoto no Chile, a situação novamente se tornou evidente: pessoas fazendo relatos e imagens de lugares onde a imprensa não tinha como chegar. É essa interatividade que o webjornalismo tanto procura para fazer do jornalismo participativo uma rotina nas redações. Apesar do clima de tragédia, vale ressaltar a contribuição dos webleitores que enviaram textos, fotos e vídeos e, com isso, incrementaram a apuração do G1 e também a cobertura do UOL, por exemplo.
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Twitter recebe 600 postagens por segundo
As publicações online por parte dos internautas está crescendo a cada ano. Sejam notícias ou apenas comentários, o volume de informações postadas em comunidades virtuais, blogs ou sites pessoais está aumentando e tornando-se grande alimentador da agenda setting para a imprensa. Prova disso é que o Twitter alcançou neste ano a marca de 600 publicações por segundo. Enquanto em 2007 a média foi de 5 mil postagens por dia, as primeiras semanas de 2010 já registram 50 milhões de tweets diários.
O webjornalismo pode ganhar com isso, se souber tirar proveito da interação com o internauta e tornar a difusão de notícias uma via de mão dupla. Agora não só os jornais escrevem e não só os receptores lêem, ambos fazem as duas coisas. Como já disse João Canavilhas em seu artigo Webjornalismo: considerações gerais sobre jornalismo na web: “A máxima ‘nós escrevemos, vocês lêem’ pertence ao passado”.
O webjornalismo pode ganhar com isso, se souber tirar proveito da interação com o internauta e tornar a difusão de notícias uma via de mão dupla. Agora não só os jornais escrevem e não só os receptores lêem, ambos fazem as duas coisas. Como já disse João Canavilhas em seu artigo Webjornalismo: considerações gerais sobre jornalismo na web: “A máxima ‘nós escrevemos, vocês lêem’ pertence ao passado”.
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Telebrás controlará expansão da banda larga
Complementando a notícia desta segunda-feira, será a Telebrás a empresa estatal a controlar a expansão da internet em banda larga no país. A reativação da empresa e o seu funcionamento dentro do Plano de Nacional de Banda Larga, custará cerca de 3 bilhões de reais para os próximos 10 anos. A indicação da Telebrás foi confirmada hoje pelo presidente Lula.
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
Plano Nacional de Banda Larga
Um dos obstáculos para o desenvolvimento dos jornais na internet é a falta de acesso à rede por parte dos potenciais webleitores. Para tentar levar a internet a uma parcela maior da população o governo brasileiro está prestes a implantar o Plano Nacional de Banda Larga. A finalidade é tornar regular a oferta de conexão em banda larga no país, para evitar a cobrança de preços abusivos e exigir um serviço de qualidade e abrangência. Para isso, uma agência nacional fiscalizaria e regularizaria a concorrência na oferta do serviço. Na última reunião entre o presidente e ministros, na semana passada, dia 10, ainda não foi batido o martelo, mas neste ano deve sair a implantação. Agora nos resta torcer para que o aumento no número de internautas traga público para o webjornalismo e não somente para os "filões" da internet (como a pornografia e os jogos).
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Quem financia o noticiário da web?
Uma das principais questões a serem resolvidas para o futuro do webjornalismo é o seu financiamento. A internet é um meio de comunicação em franco crescimento em opções e número de usuários, mas os sites noticiosos ainda precisam encontrar uma forma estável de auto-financiamento. As grandes corporações (Globo, Folha, etc.) têm a seu favor a verba captada em outros meios como a televisão e o jornal impresso, mas sites isolados ainda enfrentam problemas em arrecadar verba para cobrir os custos.
Exemplo disso é o site Wikileaks, criado para combater a corrupção. O site saiu do ar por falta de dinheiro para se manter e agora pede doações aos internautas para continuar a funcionar. A Wikipédia, enciclopédia virtual em mais de 30 idiomas, também pede doações.
Mas o investimento em publicidade na web está aumentando. No Brasil o cálculo de 2009 deve chegar a R$ 940 milhões, de acordo com o IAB Brasil (Interactive Advertising Bureau), o que representa um crescimento de 24% com relação a 2008. Apesar disso, a verba de anúncios na internet ainda está em quinto lugar no país, atrás dos meios tradicionais televisão, jornal impresso, revista impressa e rádio.
Exemplo disso é o site Wikileaks, criado para combater a corrupção. O site saiu do ar por falta de dinheiro para se manter e agora pede doações aos internautas para continuar a funcionar. A Wikipédia, enciclopédia virtual em mais de 30 idiomas, também pede doações.
Mas o investimento em publicidade na web está aumentando. No Brasil o cálculo de 2009 deve chegar a R$ 940 milhões, de acordo com o IAB Brasil (Interactive Advertising Bureau), o que representa um crescimento de 24% com relação a 2008. Apesar disso, a verba de anúncios na internet ainda está em quinto lugar no país, atrás dos meios tradicionais televisão, jornal impresso, revista impressa e rádio.
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
Moderadores: um mal necessário?
Até em que ponto os moderadores dos webjornais podem interferir na espontaneidade do webleitor que interage com a webnotícia?
Os jornais da internet utilizam moderadores para avaliar a possibilidade ou não de publicação dos comentários dos usuários. É claro que de certa forma são necessários, pois a livre publicação poderia decorrer em comentários abusivos, ofensivos, publicitários ou mesmo de atentado ao pudor. Mas há de se considerar que o fato de ter seus comentários analisados antes da publicação faz com que muitos webleitores desitam de interagir por considerar tal fato uma censura ao seu direito de expressão.
Talvez a melhor solução seja os webjornais disponibilizarem moderadores que atuassem em tempo real, para diminuir o tempo entre o envio do comentário e a sua publicação.
Como sabemos, na internet o tempo é precioso e a demora no feedback pode ocasionar a perda de webleitores.
Os jornais da internet utilizam moderadores para avaliar a possibilidade ou não de publicação dos comentários dos usuários. É claro que de certa forma são necessários, pois a livre publicação poderia decorrer em comentários abusivos, ofensivos, publicitários ou mesmo de atentado ao pudor. Mas há de se considerar que o fato de ter seus comentários analisados antes da publicação faz com que muitos webleitores desitam de interagir por considerar tal fato uma censura ao seu direito de expressão.
Talvez a melhor solução seja os webjornais disponibilizarem moderadores que atuassem em tempo real, para diminuir o tempo entre o envio do comentário e a sua publicação.
Como sabemos, na internet o tempo é precioso e a demora no feedback pode ocasionar a perda de webleitores.
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Mecanismos de interatividade
Melhorar os mecanismos para interagir com o usuário é uma tarefa importante a ser feita para tornar a webnotícia mais atraente. Em minha monografia procurei analisar as formas de interação que os webleitores estão praticando diante de um webjornal.
Além dos inquéritos pessoais, fiz uma análise dos mecanismos oferecidos pela Folha Onine e pela Tribuna de Minas. Algumas falhas foram detectadas, como a demora na publicação dos comentários ou mesmo a sua não publicação (caso da Tribuna).
Contudo, considerando a web como uma recente extensão dos meios de comunicação, há de se esperar ainda um equilíbrio tanto na forma de difundir quanto na maneira de apreender os seus produtos. McLuhan já afirmava que “como extensões que são de nossos sistemas físico e nervoso, os meios constituem um todo de interações bioquímicas que sempre busca um novo equilíbrio quando ocorre uma nova extensão”.
Além dos inquéritos pessoais, fiz uma análise dos mecanismos oferecidos pela Folha Onine e pela Tribuna de Minas. Algumas falhas foram detectadas, como a demora na publicação dos comentários ou mesmo a sua não publicação (caso da Tribuna).
Contudo, considerando a web como uma recente extensão dos meios de comunicação, há de se esperar ainda um equilíbrio tanto na forma de difundir quanto na maneira de apreender os seus produtos. McLuhan já afirmava que “como extensões que são de nossos sistemas físico e nervoso, os meios constituem um todo de interações bioquímicas que sempre busca um novo equilíbrio quando ocorre uma nova extensão”.
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
As perspectivas do webjornalismo
"A web tornou possível ao jornalismo potencializar suas características. Um produto novo, então, passa a ser oferecido ao público que, por sua vez, também poderá assumir uma nova postura diante de uma notícia. A participação ativa do receptor é fundamental para que se possa lançar mão dos recursos que a web oferece à prática e ao consumo do jornalismo. Como a webnotícia dá ao webleitor o poder de intervenção, deve-se agora dotar o profissional de jornalismo não só de conhecimentos técnicos sobre o novo meio como também de perícia para lidar com o novo tipo de receptor que agora pode se tornar um elemento ativo no processo de comunicação midiática."
Escrevi o texto acima na introdução da minha monografia da graduação em Comunicação Social da UFJF. A graduação já foi concluída, mas neste blog pretendo continuar a fazer apontamentos sobre as perspectivas do webjornalismo.
Escrevi o texto acima na introdução da minha monografia da graduação em Comunicação Social da UFJF. A graduação já foi concluída, mas neste blog pretendo continuar a fazer apontamentos sobre as perspectivas do webjornalismo.
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