segunda-feira, 26 de julho de 2010

Livro debate impacto das tecnologias no jornalismo

O Centro Knight para o Jornalismo nas América lançou um livro gratuito para debater as tecnologias digitais em face ao jornalismo e à democracia. A versão em espanhol da obra é intitulada "El Impacto de las Tecnologías Digitales en el Periodismo y la Democracia en América Latina y el Caribe".
O livro é de autoria de Guillermo Franco e foi publicado em parceria com o Programa de Meios de Comunicação do Open Society Institute (OSI).
As mudanças na forma de se fazer jornalismo e a mobilização social potencializada pela internet são um dos temas abordados. A obra pode ser baixada em espanhol ou em inglês, no site do Centro Knight.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

JB foca o online, mas num modelo arriscado

Como noticiei aqui no dia 5 de julho, o Jornal do Brasil cogitava abandonar a versão online. Essa decisão vai ser tomada de fato a partir de setembro. Por causas de questões financeiras, a versão impressa vai circular somente até o dia 31 de agosto. O jornal anunciou a decisão na sua edição de 14 de julho. Porém, outra medida foi anunciada e me preocupa: o conteúdo online passará a ser pago. O webleitor vai pagar uma assinatura mensal de R$ 9,90 para ter acesso ao conteúdo.
Pode parecer pouco, mas isso pode afastar os usuários, uma vez que ainda não está instituída uma cultura de se pagar pelo conteúdo da internet. Como também postei aqui, os webjornais ingleses The Times e Sunday Times passaram a cobrar pelo seu conteúdo, e uma pesquisa recente aponta que o fluxo de leitores caiu em 66%.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

O absurdo de cobrar pela interatividade

Achei absurda a decisão tomada pelo webjornal norte-americano The Sun Chronicle. Eles simplesmente irão cobrar dos usuários que quiserem postar comentários. A medida começa a funcionar a partir de amanhã e cada usuário terá que pagar 1 dólar para postar um comentário, quase 1,80 real.
Os editores se justificam dizendo que a cobrança é para inibir o abuso que é praticado através do anonimato. Agora, além dos dados cadastrais, o webleitor também terá que informar os dados do seu cartão de crédito no qual será debitado o valor a cada comentário postado.
Apesar da justificativa, não deixo de ver nisso a mão do capitalismo querendo onerar o usuário. Os comentários têm muito a contribuir com a webnotícia, tornando-a na espiral inacabada defendida por João Canavilhas ou na escrita coletiva aclamada por Alex Primo. Cobrar por esse adendo parece-me um abuso que pode decorrer na perda de leitores por parte desse webjornal.
Como se não bastasse o dilema atual sobre cobrar ou não pelo acesso, agora está lançada a questão sobre a cobrança pelos comentários. Em meu artigo apresentado no Intercom Sudeste, apresento uma análise onde as notícias da Folha Online obtiveram expressiva quantidade de comentários, chegando uma delas a 3.006. Já pensou cobrar 1,80 real por cada um dos 3.006 comentários?
Felizmente creio e espero que essa cobrança seja apenas um caso isolado e condenado da mentalidade ianque.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

JB cogita dedicar-se somente à versão online

O Jornal do Brasil reclama para si o título de "O primeiro jornal brasileiro na internet", condição essa atingida em 1995. Agora está prestes a outro pioneirismo: ser um jornal que larga a versão impressa para dedicar-se somente à edição online. Esse é o desejo do seu acionista majoritário, Nelson Tanure.
Antes de tomar essa decisão, que enfrenta a oposição do próprio presidente do JB, o jornal está com uma pesquisa entre os leitores. A intenção é coletar os interesses dos usuários para com os conteúdos disponibilizados online. De acordo com o perfil que for apurado, o jornal decidirá o seu futuro.
O avanço das edições online é crescente e hoje abrange praticamente todos os jornais impressos. Mas até em que ponto esse progresso poderá prejudicar a versão impressa não se sabe. Se você gosta de conteúdos online, vale a pena colaborar com a pesquisa do Jornal do Brasil.