O webjornalismo ganhou mais uma inovação: a notícia em quadrinhos. Essa é a aposta do webjornal japonês Manga No Shimbun, que passou a reportar os fatos em histórias em quadrinhos. A tentativa é de atrair o público jovem.
A versão online é derivada da versão impressa chamada Yomiuri Shimbun, que tem uma tiragem diária superior à do The New York Times. Um grupo de ilustradores foi contratado para transformar em quadrinhos algumas notícias do jornal impresso e publicar na versão online.
Essa é mais uma das potencialidades do jornalismo feito na web, cujo universo de possibilidades está ainda a ser descoberto. Gostei das notícias em quadrinhos, embora eu não entenda texto em japonês. Confira como ficou o Manga No Shimbun.
segunda-feira, 31 de maio de 2010
segunda-feira, 24 de maio de 2010
A web e o poder do cidadão-fonte
Estamos vivendo duas formas de participação da população na publicação de notícias no Brasil, principalmente na web. Uma é estabelecida como uma tentativa de dar visibilidade a fatos que a mídia tradicional não enxerga ou não quer enxergar. São sites como o Centro de Mídia Independente (CMI), que se situam em oposição ao controle de informação por parte das principais organizações de comunicação. Outra vertente é a abertura das próprias mídias tradicionais à participação da população com o envio de vídeos, fotos e relatos, como ocorre na coluna VC no G1.
Nos dois casos o jornalismo ganha com o aumento das fontes. Agora, ao invés de ligar para o veículo de comunicação para informar algum fato jornalístico, o cidadão faz ele próprio a coleta dos dados (relatos, sons e imagens) e envia sob sua autoria. Todo cidadão é potencial fonte e produtor da notícia. Isso gera essa revolução onde a mídia se curva ao seu público para obter conteúdos noticiosos.
A internet e o webjornalismo são os principais desencadeadores desse aumento de poder do cidadão-fonte, o qual pode agora ampliar a sua voz, seja com total liberdade como nos blogs, com foco direcionado como no CMI ou ainda enfrentando o tradicional gatekeeper como no caso do VC no G1.
Nos dois casos o jornalismo ganha com o aumento das fontes. Agora, ao invés de ligar para o veículo de comunicação para informar algum fato jornalístico, o cidadão faz ele próprio a coleta dos dados (relatos, sons e imagens) e envia sob sua autoria. Todo cidadão é potencial fonte e produtor da notícia. Isso gera essa revolução onde a mídia se curva ao seu público para obter conteúdos noticiosos.
A internet e o webjornalismo são os principais desencadeadores desse aumento de poder do cidadão-fonte, o qual pode agora ampliar a sua voz, seja com total liberdade como nos blogs, com foco direcionado como no CMI ou ainda enfrentando o tradicional gatekeeper como no caso do VC no G1.
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Impressões do Intercom Sudeste
Foi bem produtivo para mim o Intercom Sudeste, realizado nesse fim-de-semana de 13 a 15 de maio. Apresentei trabalho, assisti a boas mesas redondas e a outros trabalhos. Para completar, ainda fiz a minha reportagem que vou postar no Urbi na quarta-feira.
É interessante ver vários professores e estudantes compartilhando juntos os resultados de suas pesquisas. Na divisão temática na qual eu apresentei, além da interatividade nos webjornais da qual eu falei, ainda houve trabalhos sobre interatividade em blogs, em rádios, em jogos e debate sobre biblioteca digital.
Encontrar as salas era meio confuso, pois além de labirintos havia também informações desencontradas, mas o resto e, principalmente, o conteúdo compartilhado, foi bom.
Parabéns aos trabalhos do Expocom que se classificaram para o Intercom nacional. Mas acho que a participação nessa competição deveria ser mais estimulada nas universidades, principalmente nas públicas.
É interessante ver vários professores e estudantes compartilhando juntos os resultados de suas pesquisas. Na divisão temática na qual eu apresentei, além da interatividade nos webjornais da qual eu falei, ainda houve trabalhos sobre interatividade em blogs, em rádios, em jogos e debate sobre biblioteca digital.
Encontrar as salas era meio confuso, pois além de labirintos havia também informações desencontradas, mas o resto e, principalmente, o conteúdo compartilhado, foi bom.
Parabéns aos trabalhos do Expocom que se classificaram para o Intercom nacional. Mas acho que a participação nessa competição deveria ser mais estimulada nas universidades, principalmente nas públicas.
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Características do Webjornalismo
No post anterior eu falei da disputa entre os termos webjornalismo e ciberjornalismo para denominar o jornalismo feito na web. Agora continuarei falando de denominações, mas num campo onde há um certo consenso: as características do webjornalismo.
São sete as características:
1 - Hipertextualidade: a notícia é composta por blocos ligados por hiperlinks que possibilitam ao usuário flutuar pelo seu conteúdo.
2 - Multimidialidade: várias mídias no mesmo suporte da web (texto, áudio, imagem, vídeo e infografia).
3 - Interatividade: capacidade de o usuário interagir com a notícia com comentários, sugestões, fóruns, enquetes, etc.
4 - Instantaneidade: a notícia pode ser publicada no momento em que acontece e atualizada em intervalos rápidos de tempo.
5 - Personalização: o usuário pode escolher ler ou receber somente as notícias que também sejam do seu interesse.
6 - Memória: a notícia fica armazenada na web, disponível para quem quiser acessá-la a qualquer dia e hora.
7 - Ubiquidade: a notícia está conectada em escala global com os leitores e jornalistas, independente de onde estejam.
Muitas dessas características já existiam nos meios de comunicação anteriores, porém sem a potencialidade que agora assumem.
Em sua tese de doutorado a professora Luciana Mielniczuk discorreu sobre as seis primeiras características, faltando somente a ubiquidade cuja instituição é mais recente. Essas sete características são suficientes para instituir uma especialidade de jornalismo na web, como ressaltou o professor João Canavilhas em seu artigo Cinco Ws e um H para o jornalismo na web.
São sete as características:
1 - Hipertextualidade: a notícia é composta por blocos ligados por hiperlinks que possibilitam ao usuário flutuar pelo seu conteúdo.
2 - Multimidialidade: várias mídias no mesmo suporte da web (texto, áudio, imagem, vídeo e infografia).
3 - Interatividade: capacidade de o usuário interagir com a notícia com comentários, sugestões, fóruns, enquetes, etc.
4 - Instantaneidade: a notícia pode ser publicada no momento em que acontece e atualizada em intervalos rápidos de tempo.
5 - Personalização: o usuário pode escolher ler ou receber somente as notícias que também sejam do seu interesse.
6 - Memória: a notícia fica armazenada na web, disponível para quem quiser acessá-la a qualquer dia e hora.
7 - Ubiquidade: a notícia está conectada em escala global com os leitores e jornalistas, independente de onde estejam.
Muitas dessas características já existiam nos meios de comunicação anteriores, porém sem a potencialidade que agora assumem.
Em sua tese de doutorado a professora Luciana Mielniczuk discorreu sobre as seis primeiras características, faltando somente a ubiquidade cuja instituição é mais recente. Essas sete características são suficientes para instituir uma especialidade de jornalismo na web, como ressaltou o professor João Canavilhas em seu artigo Cinco Ws e um H para o jornalismo na web.
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Webjornalismo X Ciberjornalismo
Entre as nomenclaturas dadas aos elementos presentes no jornalismo feito na web, destaco duas: webjornalismo e ciberjornalismo, as quais ganham destaque ao denominar disciplinas nos cursos de Comunicação.
No 1º Congresso Internacional de Ciberjornalismo, em 2008, na Universidade do Porto, percebi a força dessas duas linhas. Embora o prefixo ciber (jornalismo feito no ciberespaço) estivesse em vantagem por dar nome ao evento, em minha monografia defendi o prefixo web (webjornalismo, webnotícia, webleitor, webjornal).
Para mim é suficiente a justificativa da professora e pesquisadora Luciana Mielniczuk, que levanta os argumentos da também pesquisadora Angèle Murad para bater o martelo a favor do prefixo web. Murad diz que a nomenclatura está ligada ao suporte, fato esse que nos faz chamar de telejornalismo o feito na televisão, radiojornalismo o feito no rádio e jornalismo impresso o impresso em papel. Se o suporte é quem dita o nome, Mielniczuk justifica que webjornalismo é a denominação ideal para o jornalismo feito na web. Estou com ela e com essa sua boa explanação feita na sua tese de doutorado que pode ser baixada no site do Grupo de Pesquisa em Jornalismo On-line da UFBA. Para não deixar passar em branco, jornalismo online é outra das nomenclaturas que disputam espaço com as duas citadas, no meio acadêmico.
No 1º Congresso Internacional de Ciberjornalismo, em 2008, na Universidade do Porto, percebi a força dessas duas linhas. Embora o prefixo ciber (jornalismo feito no ciberespaço) estivesse em vantagem por dar nome ao evento, em minha monografia defendi o prefixo web (webjornalismo, webnotícia, webleitor, webjornal).
Para mim é suficiente a justificativa da professora e pesquisadora Luciana Mielniczuk, que levanta os argumentos da também pesquisadora Angèle Murad para bater o martelo a favor do prefixo web. Murad diz que a nomenclatura está ligada ao suporte, fato esse que nos faz chamar de telejornalismo o feito na televisão, radiojornalismo o feito no rádio e jornalismo impresso o impresso em papel. Se o suporte é quem dita o nome, Mielniczuk justifica que webjornalismo é a denominação ideal para o jornalismo feito na web. Estou com ela e com essa sua boa explanação feita na sua tese de doutorado que pode ser baixada no site do Grupo de Pesquisa em Jornalismo On-line da UFBA. Para não deixar passar em branco, jornalismo online é outra das nomenclaturas que disputam espaço com as duas citadas, no meio acadêmico.
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